Os goleiros azurras chegaram para treinar felizes e alegres nesta sexta-feira (26), véspera da estreia do Avaí no Brasileiro da Série A diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte. Receberam os cumprimentos dos companheiros pelo Dia do Goleiro e foram muito festejados. Mas a alegria foi justificada pela homenagem que receberam no dia anterior, protagonizada pelo treinador de goleiros Wlamir Machado, que reuniu o grupo em um restaurante e entregou a Vladimir, Lucas Frigeri, Gledson, Léo Lopes e Cláudio Vitor, um troféu que mandou fazer em homenagem à passagem de seu dia. Todos estavam acompanhados de suas famílias, num ambiente alegre e de muita união.
O técnico Geninho ao longo do Campeonato Catarinense foi muito cobrado por alguns torcedores e integrantes segmentos da crônica esportiva, pelo rodízio de goleiros implantado pelo técnico Geninho. Mas ao final da competição, com a conquista do título e o belo trabalho que todos realizaram, as dúvidas caíram por terra. Ninguém mais cobrou pelo rodízio, só enalteceram a qualidade de todos. Ninguém deixou a desejar. Os goleiros avaianos mostraram que estão em grande nível, em igualdade de condições de brigar pela vaga. Foram quatro atletas que estiveram em campo e todos fizeram do Avaí a defesa menos vazada da competição.
O goleiro é considerado o vilão do espetáculo, pois ele trabalha para evitar o gol. No espaço onde pisa no gramado às vezes nem grama cresce. Luta muitas vezes em um mundo sozinho, em seu silêncio. Uma falha involuntária pode estragar toda a sua carreira. Então, ser goleiro é um imenso desafio para qualquer atleta, de qualquer modalidade. Ainda mais o futebol, um esporte de multidões e onde é sempre muito cobrado por desempenho.
O Avaí tem uma característica bastante especial. O diretor de futebol Joceli dos Santos foi goleiro, começou no clube e fez uma caminhada muito interessante. Defendeu muitos clubes no futebol brasileiro. Foi técnico e agora é dirigente. Geninho também foi goleiro, com grande destaque. Foram 20 anos de profissão, sempre defendendo os seus clubes com dedicação e muita garra. Virou técnico vitorioso. Wlamir Machado, uma longa carreira e agora treinador de goleiros. Portanto, no Leão da Ilha, todos entendem muito bem esta posição que já foi defendida por grande nomes na história: Adolfinho, Ubirajara, Zé Carlos, Danilo, Jorge Fossati, Gilmar, Eduardo Martini, Renan.
O preparador de goleiros do Avaí, Wlamir Machado, teve uma longa trajetória no futebol. Sofreu como todos os seus comandados sofrem nesta posição. Mas Wlamir Machado é um guerreiro também. Venceu como atleta profissional e agora passa aos seus comandados no Avaí a experiência de vida ao longo de todos os anos como treinador de goleiros. Prepara os atletas tecnicamente e também o lado emocional de cada um deles. Conversa bastante sobre o trabalho e a carreira e onde podem chegar na carreira.
“Um momento especial para este atleta, o que mais sofre em todas as modalidades. Não queira entender o mundo do goleiro. É algo à parte, um mundo de sofrimento e alegria. Tem uma linha muito tênue entre a desgraça e a felicidade. Ele pode falhar num lance e no final do jogo salvar o time com uma defesa impossível. Eu tenho muito prazer de ter sido atleta. Goleiro nasceu para sofrer, mas na outra encarnação, eu quero ser goleiro de novo”, disse Wlamir Machado.