A participação do Avaí Sub-17 na Gothia CUP, na cidade de Gotemburgo (de 15 a 20 de julho), na Suécia foi muito valiosa no balanço realizado pela comissão técnica e dirigentes. O ganho em conhecimento cultural e técnico não ficou restrito ao gramado, mas o aprendizado veio com a convivência próxima a outras culturas. A equipe dirigida pelo técnico Bruno Gonçalo ficou nas oitavas de final, ao ser eliminada nos pênaltis (5 x 3), após empate em 1 x 1 diante da equipe sueca do NK Brommapojkama. A delegação de 25 integrantes deixa a Suécia no domingo (21) e chega segunda-feira (22) a Florianópolis.
O Coordenador Técnico das categorias de base do Avaí, Diogo Fernandes, avalia a participação do Avaí como muito gratificante. “Uma competição sensacional, algo não visto no Brasil pela grandeza e organização, pelo entorno e quantidade de equipes participantes. É algo extraordinário e, partindo deste princípio, nossa presença foi extremamente válida. Nível técnico altíssimo, com as escolas europeias mostrando uma forma diferente de jogar daquela que vemos no Brasil, uma intensidade muito alta, jogos sempre no sintético, o que facilita a velocidade das partidas. E jogos na Arena principal com cerca de sete mil torcedores como foi na semifinal. Os nossos meninos nunca tinham vivenciado isso”, destacou.
Ainda segundo Diogo, a grande lição que fica é o quanto o futebol europeu de base e também dos africanos está à frente em muitos aspectos. “O maior aprendizado é a velocidade e intensidade do jogo, reforçado pela questão física, principalmente dos suecos. Uma diferença grande dos nossos jogos no Brasil, principalmente no Sul. Competição de nível elevado, quando os meninos aprenderam com outras culturas. Tivemos o apoio do presidente, que esteve aqui conosco o tempo todo, auxiliando e incentivando. Mesmo que tenhamos saído nas oitavas, tivemos que nos adequar a esta realidade, ou seja, jogos com 30 minutos em cada tempo, sem muitas faltas e na grama sintética. Nada a reclamar, só valorizar o quanto isso aqui foi rico para todos nós”.
O técnico da equipe, professor Bruno Gonçalo, destacou também a importância da viagem, pela experiência bacana que foi participar da Gothia CUP. “Essa convivência diária aqui no alojamento com outras culturas, não só os suecos como também portugueses, americanos e africanos. “Se fora de campo foi todo este ganho cultura, nas quatro linhas aprendemos demais com as equipes que enfrentamos e as que vimos jogar. Um jogo forte coletivo, bem diferente dos nossos jogos. A parte prática deu uma experiência incomum para nós da comissão técnica e também para os atletas”, disse.
“Tudo que vimos e conseguimos assimilar vai refletir lá na frente, a partir do momento em que possamos abrir mais nossa mente para esses novos conhecimentos. Um ganho incrível. Hoje, por exemplo, fizemos um passeio no principal parque local. Quando esses meninos teriam essa chance? Muitos se virando bem no inglês. Uma alegria para todos participar deste momento. Demos o nosso melhor em todas as partidas, com grandes resultados. Aprendemos na prática com a filosofia das equipes europeias e africanas. Agradeço demais ao Avaí, em especial ao presidente Battistotti, por proporcionar este intercâmbio, que com certeza, trará muitos conhecimentos a todos nós”, observou Bruno Gonçalo.
O presidente Battistotti chefiou a delegação na Suécia com o objetivo de divulgar o Avaí e sua estrutura. Levou material impresso em português e inglês, reforçando a divulgação da Copa Floripa, que o clube sedia ao final da temporada em seu Centro de Treinamento ao lado da Ressacada. Além de buscar alternativas para que o Avaí possa futuramente realizar uma competição internacional nos moldes da Gothia CUP. “Tivemos uma boa adaptação ao clima e ao modelo de jogos aqui apresentados. Fizemos três grandes jogos e em nível elevado, deixando a todos satisfeitos. Um grande aprendizado e reforçando a marca Avaí no exterior”, emendou o presidente.