O último adeus ao volante Renanzinho, a joia rara avaiana, que nos deixou depois de dois anos de uma longa batalha contra um tumor no cérebro. Foi na manhã desta ensolarada sexta-feira (22), às 10 horas, no Cemitério Jardim da Paz, o enterro daquele menino que chegou cedo à Ressacada, alcançou o profissional e encantou a todos com um futebol de qualidade. Foram 32 jogos no profissional e um gol marcado na Série A, em 2015, diante do Sport. Renanzinho espalhava alegria por onde passava. Deixou seu legado e o reconhecimento da Nação Azurra, da diretoria, conselheiros e funcionários do clube, que aprenderam a conviver com seu talento e encanto.
Renan morreu na quinta-feira, logo depois das 9 horas. Foi velado a partir da tarde no auditório da Ressacada e nesta sexta-feira, enterrado no Jardim da Paz. Ao redor da solenidade de despedida, o último adeus, familiares, amigos, ex-treinadores, ex-colegas de bola, torcedores e colaboradores do clube. O presidente Francisco José Battistotti também deixou a sua mensagem na despedida. “Um jovem valor que vai nos deixar com saudades. Foi guerreiro e valente enquanto jogava bola e soube com galhardia lutar contra a doença. Estamos de luto, mas cientes de que deixou o seu legado de honra e respeito ao escudo que defendeu”, disse.
O pai do jogador, Edson Pereira, amparou a mãe, Dona Zena, bastante emocionada. Estavam lá os avós paternos, Seu Pedro e dona Almira, que viajaram quatro mil quilômetros desde Ariquemes, em Rondônia. Participaram da formatura do meia Luanzinho, outra joia rara a encantar os gramados catarinenses e no dia seguinte sofreram com a despedida do neto Renanzinho. Também estavam lá muitos amigos de Renanzinho desde a época em que jogavam juntos e jovens conhecidos, que aprenderam a admirá-lo e respeitá-lo.
O Avaí deu todo o apoio à família do volante Renanzinho, desde que foi diagnosticada a doença que o levou. O clube apoiou uma campanha para a compra de uma casa para a família do jogador, a colaboração dos torcedores e doou a renda do jogo entre Avaí x Brasil de Pelotas no final do Brasileiro de 2016, além de completar os recursos, já repassados ao pai do atleta. O clube também deu todo o apoio ao jogador na assistência médica, com o seu departamento médico e o plano de saúde. Além de organizar e realizar os seus funerais.
Valeu Renanzinho, guerreiro que soube honrar o manto azurra, que dedicou seu suor em busca de uma carreira que seria brilhante, se não fosse interrompida. Seu legado em campo segue agora com o irmão Luanzinho, que já vem brilhando nos gramados.