Em constantes mudanças e aprimoramentos, o Núcleo de Inteligência do Futebol (NIF), criado pelo Avaí há aproximadamente três meses, segue nos trabalhos para se aperfeiçoar e atender as demandas da comissão técnica avaiana. Formado por quatro estudantes e um coordenador, o dia-a-dia do setor é de criar novos, e elaborados, relatórios de análises que norteiam o trabalho do treinador Silas, na preparação para os jogos.
O coordenador da pasta, Ricardo Henry, fala sobre o desafio diário do NIF: “Todo dia procuramos criar novas maneiras e novas formas de análises para servir a comissão técnica. Nosso esforço é municiá-los com a maior quantidade de informações sobre nosso time e nossos adversários”, afirmou o profissional que atua na área há mais de 10 anos.
Os outros integrantes da equipe são Vinicius Frasson, Rafael Linhares, Gabriel Dutra e Matheus Frigo Furtado, todos estagiários formandos em Educação Física e apaixonados por números: “Fui atleta profissional por 15 anos, joguei muito tempo na Europa e via muito deste trabalho por lá. É uma área em que me vejo trabalhando, agora que encerrei como atleta. Gosto muito desta parte, com números e análises. Quando atleta sempre procurava ir ao setor do clube que tinha meus dados e compará-los com o que eu acreditava ter rendido”, afirmou Vinícius Frasson, que encerrou a carreira de atleta em 2014 e iniciou os estudos em 2015.
Frasson também é um dos responsáveis pela prospecção de atletas no setor: “Recebemos as informações sobre qual jogador terá que ser analisadas e então vasculhamos as redes atrás de informações. Tanto na internet, quanto nos contatos profissionais. Além de contar com um software russo, Instatscout, que nos dá uma grande base para análise de desempenho dos atletas”, disse.
Quando assumiu o comando da equipe no dia 30 de março, Silas conheceu o setor e solicitou um relatório especial sobre as jogadas de linha de fundo do Leão. Coube então ao estagiário, Gabriel Dutra, ficar responsável pelo pedido: “Definimos áreas de perigo e levamos ao treinador as jogadas e movimentações dos atletas naquele setor. Com os relatórios iniciais, Silas começou a trabalhar a equipe em alguns casos de cruzamento. Utilizando os números o técnico pode corrigir movimentações e posicionamentos, como o caso de Lucas Fernandes, que recebeu elogios do treinador na última partida por ser eficiente nos locais solicitados criando perigo de gol para o Avaí”, comentou.
Já Matheus Frigo Furtado está responsável por um relatório extenso, envolvendo todos os times da Série B: “Nossa análise parte de todos os gols feitos e sofridos pelos times da competição. Conforme os jogos passam o relatório torna-se mais completo e mais extenso. Cruzamos os dados e apresentamos ao treinador para análises”, disse.
O NIF trabalha também com as categorias de base do clube, entretanto o principal foco é o futebol profissional. A tendência é que conforme o tempo avance e os atletas subirem da base do Leão, para a equipe titular já estejam todos devidamente monitorados, com as evoluções físicas, técnicas e também médicas.
