O ex-atleta Zeca, que atuou no Avaí no ano de 1985, esteve no estádio Dr. Aderbal Ramos da Silva (Ressacada), na tarde da última quinta-feira (16). José Carlos Gelisnki, hoje com 60 anos, nasceu em 27 de novembro de 1955, no município Gaurama, no Rio Grande do Sul.
Goleador com mais de 300 gols marcados em sua carreira, sempre foi destaque nas equipes que defendeu. Fez história em Caçador-SC, onde acumulou quase 10 anos vestindo a camisa da Associação Caçadorense de Desportos (S.E. Kindermann). É lá, em Caçador, que Zeca curte a sua aposentadoria e ainda bate uma bolinha.
No Avaí, participou de 30 jogos, tendo marcado dois gols. “É um time que tenho um carinho especial. Infelizmente não consegui jogar aqui. Machuquei feio naquela temporada e não pude fazer os gols que sempre fiz nas outras equipes. Mesmo assim, fomos Campeões da Taça Governador do Estado e vice campeões do Estadual”, relembra Zeca, que garante “Sou Avaí. Torço e acompanho o Avaí pois aqui me senti dentro de uma família. A família Avaí”.
O ponto alto da visita foi o reencontro com os “amigos” feitos em 1985. Logo após visitar o Memorial dos Atletas, Zeca foi ao vestiário, onde reencontrou depois de 30 anos o roupeiro Duca, o massagista Pereirinha e Flávio Roberto, que atuou com Zeca fazendo história no Avaí.
“É uma alegria muito grande reencontrar esses caras. Eu rejuvenesci. Me sinto um garoto só por estar aqui e poder rever grandes amigos que fiz no Avaí”, disse Zeca que garantiu: “Aquela equipe de 85 era uma grande equipe. Melhor até do que a de 88 que conquistou o título estadual. Infelizmente não fomos campeões, mas estamos na história do Avaí”.
Entre as histórias relembradas de 1985, uma chamou a atenção. O tema não foi futebol, mas sim culinária. Por estar jogando em Florianópolis, era comum Zeca ganhar tainhas dos pescadores. Em um dos dias em que estava “preparando” a culinária, Pereirinha notou que Zeca limpava os peixes e descartava as ovas. Foi quando perguntou: “Você não quer as ovas?” Com a negativa de Zeca, Pereirinha foi claro e objetivo. “Me dá que vou fazer para nós!”
Minutos depois, com as tainhas prontas e as ovas fritinhas, Zeca garantiu. “Nunca mais vou jogar fora!” e até hoje as ovas são aproveitadas graças aos dotes culinários de Pereirinha.
Ainda durante a visita, Zeca recebeu das mãos do pesquisador e historiador Adalberto Klüser uma pasta com o acervo de Zeca com todos os jogos no Avaí. No material, todas as sumulas e estatísticas dos jogos, com gols, vitórias, empates e derrotas, além de local dos jogos, arbitragem e tipo de competição. A pesquisa contou com a participação do pesquisador e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Clube, Spyros Diamantaras.
Logo em seguida, Marquinhos fez a entrega de uma camisa oficial do Avaí, fechando assim a tarde de boas recordações e homenagens.
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