O Avaí lamenta profundamente que sua torcida Avaixonadas, considerada a maior torcida feminina de Santa Catarina, tenha sofrido ato de violência ao retornar para Florianópolis na madrugada desta sexta-feira, após a partida entre Atlético-PR e Avaí, na Arena da Baixada. O ônibus da torcida foi apedrejado na saída do Estádio e duas janelas foram quebradas. Outra pedras atingiram a lataria do veículo. Cerca de 30 pessoas estavam no coletivo e o passageiro Ivo Pedro, irmão da torcedora Miriam Salvador, foi atingido por estilhaços na cabeça. Felizmente, a cortina do ônibus reduziu a força do impacto e ele está bem. A delegação da torcida chegou por volta de quatro horas da madrugada em Florianópolis, ainda atormentada pela violência sofrida.
Na tarde de quinta-feira (3), na chegada a Curitiba, a torcida foi recebida pelos policiais em São José dos Pinhais, segundo relato da torcedora Juliana Bernardes. “Fizeram uma revista pesada com os homens e também no veículo. Depois olharam a bolsa de todas as mulheres. Escoltaram a torcida até o portão de entrada e início do jogo. Até este momento, sem problema algum”, disse. O problema ocorreu após o jogo, já no retorno, imediações da Arena, quando a polícia disse que estava tudo bem e que a delegação poderia seguir. Só que aí houve a chuva de pedras nas proximidades do Estádio.
A informação das Avaixonadas é de que não foi registrado boletim de ocorrência por orientação da própria polícia, que apareceu logo depois. Segundo as torcedoras, o objetivo dos policiais era fazer com que o ônibus seguisse seu percurso para evitar maiores problemas.
A torcida Avaixonada, liderada por Arleni Lapa, completou dois anos em primeiro de junho último e acompanha o clube em todos os seus jogos. Geralmente nas viagens, a maioria é formada por mulheres e alguns parentes, maridos e convidados, além de crianças que costumam às vezes também viajar.