O presidente João Nilson Zunino esteve nesta sexta-feira, dia 5, em São Paulo, no lançamento da campanha nacional de doação de sangue promovida pelo Ministério da Saúde. Denominada “Torcedor Sangue Bom”, a ação do órgão federal, que terá a participação das principais equipes do futebol brasileiro, foi firmada em evento no Museu do Futebol, junto ao estádio do Pacaembu. O Avaí foi o único clube de Santa Catarina a aderir à campanha. O presidente entregou uma camisa oficial do clube ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A mobilização visa aumentar os estoques de sangue dos hemocentros, antecipando a possibilidade de baixa de doações no período de férias escolares no mês de julho. A medida também tem como objetivo estimular o agendamento de doações para atender a população turística durante a Copa das Confederações, em junho. A meta é chegar a um milhão de doadores.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a mobilização começa neste sábado (6) com a torcida do Corinthians, mas a campanha é permanente. Outras torcidas já estão com seu calendário montado. “Doar sangue é um ato de vida, de solidariedade. Conclamamos a participação das torcidas de todo o país. Queremos que eles mostrem pela vida, a mesma paixão que têm pelo futebol ”, afirmou Padilha.
O diretor executivo do Museu do Futebol, Pedro Sotero, elogiou a iniciativa e reforçou a importância da parceria. “Com este ato, vamos salvar vidas de milhares de brasileiros”, ressaltou o diretor.
Cerca de 30 times brasileiros já aderiram à mobilização, como Santos, Corinthians, Flamengo, Vasco, Fluminense, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Paysandu, Avaí, Ponte Preta, Portuguesa, Coritiba, Paraná, Santa Cruz, Sport, Botafogo, Ceará, entre outros.
A expectativa é que mais clubes participem das ações nas redes sociais, por meio dos perfis do Ministério da Saúde no Facebook, Twitter e Instagram. Os torcedores podem acessar e divulgar informações pela hashtag #torcedorsanguebom.
A ação visa ampliar o número de doadores voluntários de sangue no país para a manutenção dos estoques nos hemocentros. Atualmente, 2% da população brasileira tem o hábito de doar sangue e o número de coletas chega a 3,6 milhões de bolsas por ano no Brasil. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o governo federal trabalha para chegar ao índice de 3%.
Participaram do evento, o secretário de Estado de Saúde de São Paulo, Giovanni Cerri; o secretário de Saúde do Município de São Paulo, José de Fillipi Júnior; o Secretário de Esportes, Lazer e Recreação do Município de São Paulo, Celso do Carmo Jatene; os presidentes dos clubes do Avaí, Corinthians e Palmeiras, além de representantes de outros times parceiros.
REDE PARA DOAÇÃO
O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 32 hemocentros coordenadores e 368 regionais, além dos núcleos de hemoterapia distribuídos em todo o país. Os torcedores e demais interessados em doar sangue devem procurar o serviço mais próximo de sua residência. O investimento do Ministério da Saúde na rede de sangue em hemoderivados chegou a R$ 610 milhões no ano passado.
Os recursos foram aplicados no custeio do serviço, na qualidade da coleta e na modernização das unidades, inclusive com a implantação de tecnologias mais seguras. Para os próximos anos, há previsão de mais aporte de recursos, podendo chegar a mais de R$ 1,5 bilhão até 2014.
DOAÇÃO DE SANGUE
Para doar sangue é necessário apresentar documento com foto, válido em todo território nacional; ter peso acima de 50 Kg; ter idade entre 18 e 67 anos. Também podem doar os jovens de 16 e 17 anos, desde que tenham o consentimento formal do responsável legal.
Nunca vá doar sangue em jejum; faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior à doação; não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores; evitar fumar por, pelo menos, duas horas antes da doação; evitar alimentos gordurosos nas três horas antecedentes à doação.
Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas.