O ex-craque Gustavo Manduca, que jogou 19 anos na Europa e disputou cinco Champions League, foi o convidado de uma palestra para as comissões técnicas das categorias de base do Avaí no início da tarde desta segunda-feira (20), no auditório da Ressacada. Manduca encerrou a carreira por conta de uma lesão no tornozelo e voltou ao Brasil para morar em Florianópolis, uma vez que é natural de Urussanga, no Sul do Estado. Antes de retornar, ainda foi executivo e depois técnico do Apoel, de Chipre, que defendeu como artilheiro por cinco anos.
No papo com os colaboradores do Avaí, Gustavo Manduca, 37 anos, passou um pouco de sua experiência no futebol, desde que iniciou a carreira no Grêmio, em 1997 e foi negociado para a Europa, com 17 anos de idade. Começou pela Finlândia, depois atuou durante nove anos por vários clubes de Portugal, encerrando no Benfica. Em seguida defendeu o AEK Atenas (Crécia) e a partir de 2010 foi defender o Apoel, de Chipre, onde se tornou artilheiro e ídolo, com 125 jogos e 45 gols. Levou o time às quartas de final da Champions, onde fez cinco gols e outro cinco gols na Europa League.
O professor Diogo Fernandes, coordenador geral das categorias de base do Avaí, avaliou como importante para todo o grupo de trabalho a palestra de Manduca. “Ele nos trouxe uma outra visão de trabalho a partir de sua experiência lá fora. A visão diferente do que é o trabalho com a base e o seu aproveitamento e valorização nas equipes principais. O atuação dentro de um clube a partir da base até o profissional, seguindo uma mesma filosofia de trabalho em todas as categorias”, destacou.
Gustavo Manduca disse que saiu muito cedo do país, quando deixou o Grêmio e enfrentou as dificuldades de adaptação que é normal para qualquer atleta fora do país. Teve que correr atrás de seus objetivos e aprender. E construiu toda a sua vida profissional num momento em que o futebol europeu estava em transformação. Viveu experiências incríveis em todo o Continente, adaptado ao calendário de jogos da Europa e teve que dominar vários idiomas. Encerrou a carreira depois de uma lesão no tornozelo. Mesmo assim, continuou na Europa e foi executivo do Apoel e depois técnico.
Na palestra, Manduca foi questionado a partir de sua experiência e sobre o modelo de trabalho, um pouco diferente do que é feito hoje no país em muitos clubes. Os colaboradores do Avaí demonstraram interesse, fizeram muitas perguntas. Principalmente na linha de trabalho, de baixo para cima. Como revelar talentos e os clubes aproveitarem os valores em suas equipes principais. Na Europa os atletas são preparados e convivem com a expectativa de logo integrarem os grupos principais e quando chegam lá, são valorizados e aproveitados como política de renovação.