No último final de semana, o meia do Avaí F7/Space Food, Fabinho Trajano, tornou-se o segundo catarinense da história a ser campeão mundial de futebol 7, no Rio de Janeiro (Mafra, também atleta do Avaí, foi ano passado). Na decisão, o Brasil encarou a Itália, pelo terceiro ano consecutivo, e levou a melhor, faturando o bicampeonato, após vitória por 3 a 1.
A primeira parte foi de amplo domínio brasileiro e, logo de nos minutos iniciais, Rafael Dabá acertou forte chute na trave do goleiro Vanzela, levando a torcida a loucura. O Brasil deu continuidade na pressão imposta e Helcinho foi o segundo a desperdiçar uma possibilidade, em que a zaga italiana afastou o perigo de dentro da área.
A seleção local queria contemplar os torcedores com um tento ainda nos primeiros vinte cinco minutos e, por muito pouco não conseguiu, quando em bate rebate dentro área, Mikimba escorou devagar e Belisario cortou em cima da linha.
Antes do fim do primeiro tempo, dois sustos contra o Brasil e, em um deles, os canarinhos perderam Luizinho para o restante do encontro, devido a uma forte torção no tornozelo esquerdo. Com isso, a Itália se aproveitou do momento de instabilidade emocional brasileiro para quase marcar, com Marcelo, parado pelas belas defesas Guilherme, que foi ovacionado pelo público.
Na volta para a parte final, o Brasil seguiu no campo de ataque e colocou o craque Pedrinho em campo.
A partida caiu tecnicamente, com as marcações ficando muito acirradas e as oportunidades de gol cada vez menores. Tendo em visto de que esse momento era de apresentar novidades, Henrique Wruck e Pedrinho trataram de dar um jeito na situação. O primeiro fez boa trama de meio e finalizou com firmeza, mas a bola foi para fora. Já Pedrinho, usou toda experiência para passar por seus marcadores, porém, na batida final, a precisão não foi a ideal.
A Itália, acostumada com o clima adverso em solo carioca, se portava como de costume, com muita tranquilidade e atenção, enquanto o Brasil permanecia no campo de frente. Foi então que o comandante italiano Pinduca lançou dois pivôs na linha de frente e, em bom passe de Marcelo, Schurtz encheu o pé e estufou a rede brasileira, colocando fogo na partida.
O Brasil não tinha outra coisa a fazer a não ser atacar. Até mesmo o goleiro Guilherme arriscou e, se não fosse Vanzela, a bola iria na gaveta.
A torcida não deixou de incentivar e começou a chamar pelo nome de Mikimba, que entrou e mudou o rumo da história. Coincidência ou não, o Brasil encontrou o caminho da rede, depois de falta cobrada por Rafael Dabá que beijou a trave e Victor Bolt empurrou para o fundo do gol, explodindo a galera.
O tento animou os jogadores brasileiros e foi questão de tempo para o capitão Rogério Correa receber no meio de campo e soltar a bomba para fazer o gol da virada, colocando a arquibancada a baixo.
Dentro de campo, muita reclamação por parte dos italianos, que questionavam a sequencia dada ao tempo jogado e, com isso, acabaram por estourar o limite de faltas, por excesso de nervosismo. Dessa forma, o Brasil precisou de duas cobranças de shoot-out para Magrão fazer o terceiro gol e selar o Bicampeonato Mundial brasileiro.