A terceira edição da Feira de Produtos Oficiais e Licenciados dos Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina terminou nesta terça-feira, na Univille, com um saldo positivo e com Chapecó no horizonte, pois é lá que será realizada a edição do ano que vem.
Além da aproximação com o ambiente acadêmico, já que o licenciamento virou tema de estudo para alunos que visitaram o evento, a feira deste ano apresentou um novo ator: os fabricantes. “Aqui em Joinville, recebemos a visita de indústrias dos setores de plástico e cerâmica, que querem vincular a marca dos clubes aos seus produtos”, revela a gerente comercial do Criciúma, Viviane Olímpio.
Wigando Kunde Filho, proprietário de uma empresa de Joinville que produz copos e canecas em vidro e porcelana, reuniu-se com os setores comerciais de Joinville, Figueirense, Avaí, Chapecoense e Criciúma para uma rodada de negócios. “Nossa empresa já produz cerca de 700 peças/mês para o Joinville. Queremos ampliar nossas vendas para outros clubes e essa reunião, com certeza, vai gerar novos negócios”, acredita ele.
ESTREIAS
Outra novidade nesta feira veio da Serra catarinense. O Internacional de Lages é o “bebê” do Futmarcas – projeto da Associação que organiza o licenciamento das marcas dos times associados. “Viemos aprender com os clubes maiores”, resume entusiasmada a diretora executiva do Inter, Daniela Ramos. Segundo ela, o Inter tem apenas 15 produtos licenciados – um número pequeno, se compararmos ao Criciúma, que já está chegando nos 600 -, mas tem uma torcida apaixonada que quer se vestir de colorado. “Com a rede de relacionamentos construída aqui, vamos voltar para Lages para desenvolver ainda mais essa área e ampliar o nosso leque de produtos”.
Outro clube que estreou na Feira e no Futmarcas foi o Figueirense, que levou para a Feira um portfólio bem amplo, inclusive o seu mascote, o Furacão. O diretor de Negócios Fábio Freitas avaliou como muita positiva a participação do clube. “Além de ser muito importante institucionalmente estarmos juntos com os demais clubes, conseguimos também vislumbrar oportunidade de negócios com os fornecedores”, que falou durante o seminário sobre a Maximização de receitas através do ambiente digital.
A excelente campanha na Série B do Brasileirão pode parecer uma surpresa para quem não conhece a Chapecoense, mas para o diretor de Marketing do clube, Andrei Copetti, as vitórias são resultado do que o clube tem feito fora do campo. “Há três anos, tínhamos apenas um item para vender: a camisa oficial. Hoje, são 400 produtos, comercializados em diferentes pontos do Oeste. E até o final do ano vamos inaugurar a nossa primeira loja”, garante Copetti. O sucesso do Verdão do Oeste vem de longe. No passado, foram comercializadas 12 mil camisas oficiais dos clubes. “Mais do que o Atlético Paranaense”, compara.
LANÇAMENTOS
Os clubes e as lojas licenciadas aproveitaram a Feira para lançar novos produtos. O Avaí apresentou a linha de ciclismo oficial e as malhas femininas para a ginástica, academia e caminhadas da empresa Trakcyon, de São Jose, que é o fornecedor exclusivo do uniforme de ciclismo e de bermudas linha surf e calção feminino da Fanatic. O Criciúma lançou as almofadas de decoração nos formatos do mascote, do escudo e da camisa.
A churrasqueira do Joinville foi um sucesso na feira. Aliás, a visita dos jogadores do JEC, Lima e Ivan, na segunda à tardinha, demonstrou que o departamento de futebol do clube está sintonizado com o setor de marketing.
O amarelo e preto do estande do Tigre destacava-se no meio da Feira. “Preferimos valorizar o nosso produto principal: a camisa”, ressalta o representante da Kanxa, Rolf Grigull, que encomendou a plotagem do estande com as cores e jogadores do time. “A Kanxa veste 12 clubes no país, mas o Tigre é o nosso único representante na Série A”, completou Rolf, que marcou presença em todas as edições da feira.
Realização da Associação de Clubes através do Projeto Futmarcas, a edição de 2013 da Feira reuniu 16 expositores entre clubes e fornecedores e contou com o apoio da Univille, FCDL e Cecop.