Um importante passo será dado hoje, na Assembleia Legislativa, contra a pirataria – crime que há muito tempo atinge o futebol. Com a presença do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) Sérgio Alexandre Medeiros e o secretário executivo do Conselho Estadual de Combate à Pirataria (Cecop) Jair Schmidt, será anunciada a criação de um grupo que trabalhará o tema dentro da Frente Parlamentar de Apoio ao Comércio Varejista, criada em 2010 e atualmente presidida pelo deputado Darci de Matos.
A sessão especial na Assembleia ocorre justamente na data em que se comemora o Dia Estadual de Combate à Pirataria, 3 de dezembro. Durante a sessão, que será realizada à tarde, Sérgio Medeiros e Jair Schmidt apresentarão as estatísticas e falarão sobre as ações que estão sendo realizadas para combater a pirataria no estado.
A pirataria traz sérios prejuízos ao futebol. As camisas oficiais são o principal item vendido pelos clubes e também são os que mais sofrem com os falsificadores. Embora não existam números exatos sobre o quanto é movimentado pela pirataria no Brasil, entre 2004 e 2011, a Receita Federal apreendeu cerca de R$ 7 bilhões em produtos ilegais.
Existem estudos que mostram que os clubes perdem atualmente em torno de cinco vezes o que poderiam estar faturando, e isto representa aquele recurso que falta para incrementar investimentos em setores importantes do clube, como as suas categorias de base, conforme estudos da área de Marketing da Adidas.
Preocupada com os danos que a pirataria pode causar ao nosso futebol, a Associação de Clubes Profissionais de Futebol de Santa Catarina (SCClubes) criou em 2010 o projeto Futmarcas, que realiza várias ações com esse fim. São campanhas que envolvem três vertentes: conscientização (trabalhando o mercado e o consumidor); econômica (os clubes se unem para negociar insumos em conjunto, visando baratear e oferecer produtos de qualidade a preços cada vez mais competitivos); e repressão (união com o Cecop para combater a pirataria próxima aos estádios).