Homenagem a Agronômica

Postado por: André Palma Ribeiro

O Avaí homenageia no jogo contra o Icasa, em Juazeiro do Norte, na próxima sexta-feira, dia 31, o município de Agronômica. A cidade do Vale do Itajaí estará estampada nas camisas dos goleiros avaianos.

A história de Agronômica

As recentes pesquisas históricas nos revelam que Mosquito foi o primeiro nome que Agronômica recebeu. Era apenas uma estrada que ligava Rio do Sul ao Planalto (Serra do Ilhéus – Pouso Redondo – Curitibanos). No início do século XX, encontramos um documento de 1905, um contrato em que Senhor Henrique Reutter faz com o governo da época para abrir uma estrada para Cargueiros partindo do Ribeirão do Mosquito até Campos de Figueiredo, recebendo como pagamento 1 km de terra a cada lado de estrada, podendo vender, doar, enfim colonizar.

Este senhor foi o fundador da Colônia Mosquito, governo abrindo um picadão partindo das margens do rio Trombudo no qual chegou de canoa, subindo um morro que até hoje leva o seu sobrenome “Morro do Reuter” que logo começou a ser povoado, sendo a família Tarun a primeira, Por esse morro cruza a estrada traçada por Emil Odebrech em 1878, que ligava Trombudo Central a Barra do Trombudo, Rio do Sul, o maior centro.

Esta estrada era utilizada pelos tropeiros vindo do Planalto com destino ao Litoral, que acampavam mais abaixo do Morro do Reutter onde inicia-se uma pequena planície tomada de boas gramíneas, uma ótima pastagem para o gado. Estes tropeiros acampavam por dois ou três dias para os animais descansarem e refazerem suas energias e após continuavam a viagem.

Foram estes tropeiros que deram o nome de Pastagem, concretizando assim a observação feita por Emil Odebrech que ao ver a planície disse que seriam ótimas pastagens. Pastagem carinhosamente chamada era distrito de Rio do Sul. As primeiras famílias a chegarem foram Tarun, Reutter, Finardi, Skoula, Getthat, Meskle, Venturi, Fronza, Florêncio, Andreatta, Torquatro, Flor, Ferrari, Candim, Brignolli, Andreoni, Gadotti, Mayer, Kubiack, entre outras. (O centro começa ser povoado por volta de 1909).

Estas famílias vindas do Médio Vale, Blumenau, Indaial, Rodeio, Ascurra, Rio dos Cedros, alguns imigrantes, mas na maioria filhos e netos de imigrantes atraídos pela fertilidade do solo. Fixaram residência enfrentando todas as dificuldades da época inclusive dos indígenas (botocudos) que aqui habitavam. Estas famílias dedicaram-se ao cultivo da terra. Aos poucos foi surgindo o 1º de comércio ainda muito rústico, pois antes as pessoas precisavam ir até a Barra do Trombudo para fazerem suas compras (a venda como era chamada) o comércio foi se ampliando encontrando aos poucos as vendas de secos e molhados (de comida até tecidos).

A religião vem junto com a fé do povo, em 1914, aproximadamente, o Sr. Ângelo Finardi ergue um oratório de madeira dedicado a Nossa Senhora do Caravágio que é Padroeira do nosso município até hoje (devoção trazido pelo seu pai da Itália). No inicio os fiéis para as missas precisavam ir à cidade de Rio do Sul.
A primeira escola foi a Escola Estadual Mosquitinho e a primeira professora foi D. Antonieta Lopes da Silva. A estrada de ferro também trouxe o progresso facilitando a vinda de mais moradores.

A economia iniciada primeiramente pela agricultura de subsistência, as pastagens deram lugar as arrozeiras feitas a braço com pá e enxada. O ciclo da madeira teve muitas serrarias espalhadas pelas comunidades, a mandioca com fecularias sendo as Indústrias Gropp a maior delas produzindo e exportando seus produtos, olarias fabricando telhas e tijolos, engenhos de farinha, de cana e atafona.

A arquitetura européia ainda permanece, percorrendo o município encontramos belas moradas sendo o Casarão Valada Gropp que se destaca por sua beleza, pois é cercada por um jardim exótico onde encontramos um recanto de paz e tranqüilidade.

Os imigrantes colonizadores costumavam falar muito em sua língua mãe. Hoje somente os descendentes de origem alemã preservam o costume de falar o idioma alemão, enquanto que os italianos não perpetuaram aos seus descendentes.

Na culinária permanece o pão de milho, a rosca de polvilho, a polenta, o queijo, a lingüiça, o melado de cana e seus derivados, cuscuz, biju, torresmo, morcilha, pamonha, os saborosos licores e outros.

As festas tradicionais preservadas até hoje são as festas religiosas, em todas as comunidades são realizadas as festas do padroeiro, destacando-se a festa do Senhor Bom Jesus de Valada Gropp, uma das maiores pois atraí romeiros de vários lugares, é realizada dia 06 de agosto. Outro destaque é a festa da Padroeira Nossa Senhora do Caravagio no dia 26 de maio, com uma bela encenação da Coroação da Nossa Senhora. A festa da colheita da Igreja Evangélica que acontece sempre depois da safra agrícola. A festa do rei e rainha do tiro e do bolão do Clube Caça e Tiro Mosquito, fundado em 1927, mantém sua tradição viva atravessando décadas. O artesanato é variado desde brinquedos de madeira, cerâmicas, tricô, crochê, fuxico, tapeçaria, trabalhos com palha de milho, cipó na confecção de balaios e vassouras.

No início dos anos 60 iniciam-se os movimentos para elevar Pastagem a município e o nome de Agronômica, foi sugestão do Padre João Del Sales, por ser um município que prevalece a agricultura. As lideranças acataram a sugestão e Agronômica eleva-se a município em 06 de junho de 1964 tendo o Senhor Lauro Pamplona como prefeito nomeado e o Senhor Ambrózio Bortoluzi como o primeiro prefeito eleito.

Fonte: www.agronomica.sc.gov.br

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