O lateral-direito Maicon, 36 anos, vem chamando a atenção pela atuação nos três últimos jogos realizados pelo Avaí neste Campeonato Brasileiro – Série A, pelo bom futebol que buscou apresentar, mesmo a equipe tendo conquistado apenas um ponto fruto do empate em 2 x 2 diante do Cruzeiro, no Mineirão, na última quarta-feira (15). A torcida e a imprensa sempre cobraram sua presença na equipe, mas o jogador diz que não estava pronto. Disse que teve dificuldades para ficar à disposição da comissão técnica no início, quando decidiu voltar a jogar e agradece a paciência do técnico Claudinei Oliveira, que soube esperar o momento certo para lançá-lo.
No Avaí desde 28 de junho desde ano, quando foi apresentado pelo presidente Francisco José Battistotti e pelo diretor de futebol Joceli dos Santos, o atleta entrou diante do Fluminense, ainda no primeiro turno, quando a equipe não foi bem e perdeu por 3 x 0, e o seu desempenho também não foi bom. Depois passou um bom tempo sem ser aproveitado, treinando para fica ao nível dos demais colegas do grupo. Nesta reta final de competição, ganhou nova chance e está abraçando com vontade para buscar seu lugar na equipe e ajudar o Avaí em seu objetivo final de permanência.
O jogador se mostra bastante animado, mas faz questão de destacar as dificuldades que teve para voltar a jogador futebol, depois que encerrou a carreira na Roma. Foi um período de readaptação que exigiu muita dedicação e colaboração de todos. O lateral passou por um período de treinamento forte para adquirir sua antiga forma. “Na partida contra o Fluminense, no turno, na conversa com a comissão técnica, achamos que seria legal eu entrar e ver como estava a minha preparação. Depois do jogo, avaliamos que não estava legal, que seria preciso trabalhar mais. Eu não estava pronto ainda”.
Após a estreia diante do Fluminense, o lateral passou por vários períodos difíceis com problemas particulares e estas oscilações acabaram sendo influentes para tirar seu foco. “Acompanhava a imprensa e a torcida pedir minha presença na equipe, mas sabia que não estava pronto. Eu entendia a posição do técnico Claudinei Oliveira, pois ele acompanhava minha situação com toda a comissão técnica. Aliás, quero agradecer a paciência que todos tiveram comigo e souberam esperar o momento certo para me colocar na equipe”, disse.
Maicon agradeceu em especial o apoio que recebeu do comandante Claudinei Oliveira, que sempre teve paciência com ele, entendeu as suas dificuldades para entregar um bom rendimento em campo. “Essa paciência foi fundamental e agradeço bastante agora as oportunidades, quando pude contribuir para a equipe e para o grupo. Cabe deixar bem claro isso, que se não fui escalado antes, foi por que não tava pronto. Espero ajudar nesta reta final, onde todo esforço será fundamental para tentar fazer com que a equipe saia desta situação”, acrescentou.
O jogador falou de sua alegria em defender o Avaí, depois de longos anos fora do Brasil e das passagens pela Seleção Brasileira. Sua vinda para o Avaí, para alegria dos familiares, foi um desafio em sua vida profissional. “Sempre é um desafio renovado, agradeço demais a direção do Avaí, que confiou nesta possibilidade e me deu a oportunidade de voltar ao futebol. Estou aqui para ajudar, para compor o grupo de trabalho e ficar à disposição e ajudar quando for possível”, disse o atleta.
Maicon começou nas categorias de base do Criciúma, pelas mãos do pai Maneca. Depois foi para o Cruzeiro e três anos depois cruzou o Atlântico rumo ao futebol Europeu. Começou na França, com o Mônaco e mais tarde foi para a Internazionale, de Milão, onde atuou em seis temporadas, ganhando inúmeros títulos, uma Champions e um Mundial de Clubes. Pela Seleção Brasileira foram várias convocações a partir de 2004, com a conquista de duas Copas América e duas Copas das Confederações. Participou da Copa do Mundo de 2010, marcando o primeiro gol do Brasil na competição, diante da Coreia do Norte. Chegou à final contra a Holanda. E depois participou da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e atuou no triste jogo diante da Alemanha, quando o Brasil sofreu sua maior derrota nos mundiais.