Juntos e com um objetivo em comum, clubes e CBF estiveram nesta quarta-feira (8) na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), para tratar do futebol de base. Representantes de mais de 20 equipes, além do coordenador das categorias de base da CBF, Erasmo Damiani, participaram de audiência pública na Comissão do Esporte.
O Avaí Futebol clube esteve representado pelo Coordenador da Base Diogo Fernandes.
“O Brasil passa por uma reflexão no seu processo de formação e isso se deu principalmente com os últimos resultados obtidos por nossa Seleção Principal (marco a Copa do Mundo Brasil 2014). Uma das lacunas é o período tardio da nossa formação, que somente nos permite alojar atletas após os 14 anos”, comentou Diogo Fernandes.
Durante o evento, o foco da explanação foi exatamente a legislação referente ao futebol no que diz respeito a formação de jogadores. Um dos pontos principais foi o início da relação time/jogador. Atualmente, no Brasil, os jogadores só podem fazer parte de um clube a partir dos 14 anos por força da Lei Pelé. Para a FIFA, a idade mínima para uma equipe ser considerada “clube formador” na carreira do atleta é 12 anos.
Outro ponto importante foi levantado pelo diretor de Assuntos Internacionais da CBF, Vicente Cândido, responsável pelo convite aos coordenadores para esta audiência pública, ideia que surgiu durante o evento Somos Futebol. Ele lembrou a importância da Educação Física nas escolas e do contato inicial das crianças com o esporte.
O recado passado por clubes e CBF foi unânime: a legislação precisa se adequar, pelo menos, à idade mínima da FIFA de 12 anos. A função social das equipes, com assistência médica, educação, acompanhamento psicológico a centenas de jovens teria um universo ainda maior e mais proveitoso para a sociedade, além do ganho técnico para o futebol.
De modo o prático, os clubes ficaram com a responsabilidade de criar um Grupo de Trabalho para retornar à Câmara com o intuito de debater a Lei Geral do Futebol.